(think) out na imprensa – Executiva

“Falámos com três marcas nacionais que apostaram na Arte e iconografia portuguesas para as suas criações. À frente têm mulheres empreendedoras, que querem ver o seu negócio crescer, valorizar o património cultural e, pelo caminho, ainda conquistar o mundo.”

Arte portuguesa e moda, a combinação que inspira negócios

“A obra dos pintores portugueses e os símbolos da iconografia nacional estão a ser celebrados também com a criação de novas empresas e coleções. Provam-no a Antiflop e a âme moi, ligadas ao design de acessórios de moda, e a (think) out, com o seu design de souvenirs orientados para o turismo (e não só). São empresas jovens que viram nesta combinação a oportunidade de criarem peças marcadas pela originalidade e pela herança cultural portuguesa: das carteiras de luxo inspiradas na pintura de Amadeo de Souza-Cardoso e com a assinatura da Âme Moi, aos lenços e túnicas que reproduzem quadros de Nadir Afonso, Sofia Areal, José de Guimarães e outros artistas que compõem o portfolio da Antiflop, passando pelas t-shirts e utilidades com os símbolos nacionais estilizados e reinventados pela (think) out.”

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Patrícia Rodrigues celebra a cultura popular na (think) out.

Portugal no coração

Foi a “paixão pela nossa cultura, que tem um enorme potencial económico pela via do turismo, nacional e estrangeiro”, que deu à designer Patrícia Rodrigues a ideia de negócio para criar a (think) out, marca de lembranças que celebram a cultura popular portuguesa. Para ilustrar as suas coleções, Patrícia reinventou símbolos da iconografia nacional como as tradicionais sardinhas com padrões de azulejo ou a guitarra portuguesa rendilhada com a filigrana dos Corações de Viana. E foram estes símbolos — e, curiosamente, o Mundial de Futebol de 2014 — que funcionaram como centelha criativa para o projeto. “A inspiração surgiu do Coração de Viana. Os meus pais são da região e, aquando do Mundial de Futebol de 2014, elaborámos uma t-shirt de apoio à Seleção que partia desse símbolo. O que começou como uma simples expressão de apoio completamente despretenciosa, acabou por ser o mote para explorar os nossos ícones e tradições. Começámos por explorar alguns dos mais reconhecidos pelo público, de modo a medir a aceitação do design. Foi tão boa que decidimos continuar.”
A marca está já presente em lojas de monumentos como o Palácio da Ajuda e Panteão Nacional, no Museu Nacional de Etnografia, em postos de turismo e lojas especializadas. O crescimento do sector do turismo favorece o potencial do negócio. “Pretendemos aproveitá-lo e, simultaneamente, reinventar a tradição através de design de qualidade. Há imensos produtos no mercado que procuram assinalar a nossa iconografia junto dos turistas, mas com pouca qualidade e originalidade. Todos os produtos da (think) out são de design nacional e um dos nossos objetivos é que os portugueses também os usem com orgulho”, diz-nos Patrícia Rodrigues. “Por um lado, o português vai tendo uma maior consciência do seu património e da qualidade dos seus designers. Por outro, transmitimos aos turistas uma pujança criativa e uma ideia de proteção da nossa cultura. Portugal tem de aprender a valorizar a sua história e os seus costumes, não apenas para defesa da sua identidade, mas também porque pode alavancar a sua economia.”
Uma jovem marca não se afirma no mercado sem ultrapassar alguns obstáculos e a (think) out não foi exceção. “O primeiro foi o investimento inicial, que foi de capital próprio na totalidade. Isto obrigou a uma gestão rigorosa de recursos, mas permitiu uma maior liberdade na aplicação da estratégia da marca. O segundo desafio ainda é enfrentado diariamente e consiste na afirmação junto dos lojistas, cuja habituação a produtos de fraca qualidade é muito difícil de contrariar. O estigma de que o produto bom tem necessariamente de ser caro está muito enraizado, assim como a ideia de que os produtos têm de ser baratos para que os turistas os comprem. Queremos provar o contrário e que a qualidade vende.”

A sardinha é um dos símbolos fortes das coleções da (think) out.

O reconhecimento deste conceito veio cedo, com a atribuição do 1º prémio Edição do Concurso Creative Gifts 4 Concept Stores. “Começou por ser um reconhecimento da qualidade do nosso design, acrescida da possibilidade de a mostrar em duas feiras internacionais que ocorreram em Lisboa. Paralelamente, permitiu a colocação de alguns artigos em lojas do Património Cultural, aumentando a visibilidade. Também tem importância na primeira abordagem aos parceiros, pois transmite credibilidade à marca. É um cartão de visita que temos muito orgulho em utilizar.”
Para 2017, as metas da marcam passam pelo “crescimento do catálogo, consolidar a presença nos pontos de venda e atingir o break-even. Gostaríamos de estar na casa de todos os portugueses, mas também pode ser na casa de todos os turistas que nos visitam…”

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